domingo, 28 de setembro de 2008

Aquilo em que você se torna.

Nunca fui famoso por minha agressividade (positividade). Aliás, aqueles que me conhecem há mais tempo, muitas vezes me disseram que tinha uma tendência meio política de resolver as coisas. Porém, venho percebendo que já há algum tempo, essa característica vem sendo modificada, e minha paciência têm se tornado extremamente exígua.

Nessa semana que passou, um problema com a falta de professor na minha faculdade, novamente me levou a sala da coordenação do curso, onde juntamente com alguns colegas, fomos demonstrar nossa insatisfação, com relação a desorganização, e principalmente, com a falta de compromisso de alguns professores. Findada a reunião fui para minha casa, com a sensação de ter colaborado com a turma.

No Sábado, durante uma visita a um casal de amigos, ao relatar o fato, percebi que os comentários se direcionavam de forma a demonstrar que eu tenho a característica de me colocar ativo nos conflitos, e essas observações colocadas à mim como uma qualidade ,me levou a refletir sobre como nos transformamos rápido, e aparentemente, não tomamos conta do momento em que a nossa percepção se objetiva.

Durante a minha infância e adolescência, talvez por ser uma pessoa com gosto pela informalidade, não era levado muito a sério, diria até, que eu poderia passar despercebido em algumas discussões, não por não ter uma opinião, mas por não me preocupar em impô-la.

Percebo hoje, que faz-se necessário dosar os meus ímpetos, pois ao contrário de antes, sou objetivo demais, e posso a vezes extrapolar na empolgação.

Mas enfim, tudo isso tem a ver com aquilo em que você se torna ao longo do tempo, por vezes melhor, por vezes pior, mas ninguém está imune a ação do tempo e da experiência.

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