sábado, 26 de julho de 2008

A profundidade do superficial.

Alguém pode determinar quando o outro chegou perto demais?

Atualmente, poucas pessoas não desejam dar uma segunda olhada para outra pessoa. A cumplicidade desapareceu dos relaciomentos, são rápidos demais em "ficar", mas lentos em se entregar.

Assistindo ao filme "Closer", pude perceber como relacionamento superficiais são danosos.

Homens e mulheres na busca por seus sonhos, passam pelas vidas um do outro sem deixar rastros, entretanto, carregam a tristeza e a frustação do depois.

Cada vez mais as pessoas se isolam em mundos cibernéticos, vivendo vidas virtuais ao moldes do Second Life, e começam a acreditar mais na fantasia do que nas contas de energia e telefone.

Como alguém pode ser feliz assim? vivem como sofistas acreditanto que têm todas as respostas, que são detentores do conhecimento social, porém não possuem o prazer da confiança do outro.

Não é possível que a humanidade continue construindo cidades, onde nunca poderão colocar os pés ou sentir um cheiro característico, pois são somente combinações de 0 e 1's. Nesse lugar possivelmente, aquela tremenda loira ou a fabulosa morena, não passem de pessoas infelizes ou com algum disturbio que as impessam de viver em sociedade, ou de simplesmente pegar na mão de outra pessoa.

Que mundo deixaremos aos nossos filhos? Que possuem em seus perfis de Orkut centenas de amigos, mas possivelmente jamais jogaram bola ou soltaram pipas juntos. Muitas vezes passam horas falando através do computador, mas se estiverem lado-a-lado talves não se reconheçam, já que não conhecem as vozes um do outro.

Sim, as relações hoje são extremamente profundas em suas lâminas de superfície, e se nada for feito é possível que mesmo essa fina lâmina venha a se secar em muito pouco tempo.

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